Um par de lentes de aumento encontrado em um terreno, um tubo de papel alumínio usado, um suporte de celular antigo e fita isolante. Nas mãos de um pai esforçado e criativo, estes materiais viraram uma luneta caseira, um objeto que parece simples, mas que tem dado asas ao sonho de uma garota de 13 anos, em Bauru. É com o equipamento criado no improviso que o ajudante geral Edson Aparecido dos Santos, 34 anos, tem incentivado sua filha Gabriela Cristine Silva dos Santos a estudar e também a lutar pelo seu sonho de ser astrônoma.
A família é moradora do Núcleo Fortunato Rocha Lima,
zona periférica da cidade. Após o presente do pai, basta anoitecer para que
Gabriela, que está matriculada no 7.º ano da Escola Estadual Maria Eunice
Borges de Miranda Reis, saia até a calçada de casa para iniciar sua
"jornada pelas estrelas".
Em razão da pandemia, ela estuda a distância, mas
não perde aulas, especialmente as de ciências e a matéria eletiva de
astronomia. "Ela (luneta) não aproxima tanto, mas dá para ver bem melhor
do que só com os olhos. Eu sempre quis uma para olhar para Marte e a Lua. É
como se a luneta me transportasse daqui. Eu meio que viajo para o céu",
avalia a garota.
A paixão pelos astros é tanta que virou até tema de
aniversário improvisado em meio à pandemia. Imagens de planetas impressos por
uma tia enfeitaram as paredes da casa, localizada na quadra 1 da rua Joaquim de
Barros Neto, na comemoração dos 13 anos dela, em julho.
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Reportagem do Jornal da Cidade de Bauru |
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