quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

EMOCIONAL PODE PROVOCAR TONTURA?

Os problemas emocionais podem causar tontura? Sim, diz o Dr. Saulo Nader, neurologista da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Israelita Albert Einstein, também conhecido como “Dr. Tontura”, por ser um conceituado especialista em distúrbios vestibulares e do equilíbrio.

Trata-se da chamada “Vertigem Fóbica”.

O médico explica que o Sistema Vestibular é formado pelos labirintos, que enviam informações, através de um nervo, a uma área do cérebro, responsável pelo controle do equilíbrio e da postura da pessoa. Ela é regida por uma química cerebral, que a faz funcionar adequadamente.

“Essa química pode sofrer um distúrbio e, quando isso acontece, um dos sintomas pode ser a tontura. É assim que começa a Vertigem Fóbica”, diz ele.

Os sintomas mais comuns são o atordoamento, mal estar e insegurança postural.

“Imagine uma pessoa que está caminhando normalmente e, de repente, se sente insegura, instável, como se fosse cair se continuasse a fazer o movimento”, explicao Dr. Tontura. Segundo ele, essas sensações muitas vezes vêm acompanhadas de sensação de medo.

A “Vertigem Fóbica” costuma acontecer em ambientes com muita informação e conflito visual, como supermercados (com luz clara, prateleiras coloridas, grande movimento de pessoas e carrinhos), shoppings, feiras, etc.

“Às vezes, a pessoa com ‘Vertigem Fóbica’ pode sentir tontura, instabilidade e insegurança em lugares específicos, quando vai à casa de
um determinado parente, por exemplo”, diz o médico.

O nome “Vertigem Fóbica” deriva do fato de a alteração da química cerebral se alterar de forma muito semelhante à de quem sofre de muita ansiedade ou de estresse intenso. E existe uma correlação entre ela e esses fatores.

Vale lembrar que a tontura pode estar linkada, também, a outras doença psiquiátricas, como depressão, bipolaridade, ansiedade e pânico, entre outras.

A “Vertigem Fóbica” é um tipo bem diferente e peculiar de labirintite, muito relacionada sempre a questões emocionais.

A boa notícia, segundo o Dr. Tontura, é que existe tratamento. Se a pessoa tem uma outra doença vestibular ativa, que foi perpetuada e piorada pela “Vertigem Fóbica”, essa doença também precisa ser tratada. Fora isso, existem remédios que trazem a química cerebral de volta para o lugar, aliviam os sintomas e permitem que se tenha uma vida completamente normal. O importante é fazer o diagnóstico para ter um tratamento adequado.

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