Atualmente, cada vez mais as pessoas têm
percebido a importância de se ter uma vida sexual com qualidade, buscando mais
vivências e realizações de seus desejos. É neste contexto que vemos o aumento
das pesquisas científicas voltadas ao território da sexualidade humana,
principalmente no intuito de tratar as “dificuldades sexuais”, o que de fato
denominamos de Disfunções Sexuais.
Entende-se
por Disfunções Sexuais a impossibilidade de exercício da função sexual em seus
aspectos orgânicos, seja ela de causa anatômica, funcional, psicológica,
comportamental ou social. Considerando as disfunções mais frequentes, temos:
disfunção erétil (impotência sexual) e ejaculação rápida (precoce) que são
exclusivas aos homens. Já as do sexo feminino são: vaginismo, dispareunia (dor
feminina na relação sexual) e baixa de desejo.
Pensar na sexualidade humana
como algo existente a partir de um único aspecto, ou ainda relacionado a um
único fator, seria um grande equívoco, visto que somos seres biopsicossociais,
ou seja, nossa sexualidade é dinâmica, contínua e sempre expressada de forma
global. Então, para entendermos as causas de tais disfunções, dividiremos em
físicas (orgânicas) e psicológicas (emocionais).
As físicas são: anomalias
anatômicas, infecções na região genital, uso inapropriado de medicamentos
(antidepressivos, ansiolíticos), dentre outros, doenças associadas (diabetes,
hipertensão), etc. Já as psicológicas compreendem: falta de intimidade com o
próprio corpo, estimulação inadequada, educação sexual repressora, violência
sexual, medo de engravidar, ansiedade e preocupação com o desempenho, dentre
outras.
O tratamento consiste em
primeiramente procurar um médico especialista (no caso um urologista ou uma
ginecologista) para confirmar ou descartar possíveis causas orgânicas da
disfunção. Quando confirmadas, devem ser tratadas com o próprio médico,
geralmente através de medicamentos ou cirurgias. Quando descartadas, deve-se
encaminhar o paciente a um profissional da área da psicologia ou da sexologia.
Do ponto de vista
psicológico, o tratamento engloba tanto a psicoterapia para trabalhar as
questões emocionais do indivíduo relacionadas à queixa, que no caso são muito
peculiares, quanto o uso de técnicas gerais e específicas
que,se usadas da maneira e no
momento correto, respaldam ainda mais o tratamento. É importante frisar que nos
casos em que a pessoa tem uma parceria fixa, a colaboração e participação do
mesmo se fazem imprescindíveis.
Nunca é demais observar que
grande parte das disfunções sexuais tem como causa fatores psicológicos e que
uma parcela significativa das pessoas que estão com tal dificuldade não
procuram ajuda, ou quando buscam acabam demorando muito, isso, muitas vezes
devido a um receio de se expor frente um
assunto em que a sociedade ainda coloca muito pudor.
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