O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, disse que a vacina brasileira contra o novo coronavírus deve estar disponível para uso na população em nove meses. O imunizante contra a Covid começou a fase 1 de teste em pacientes em janeiro.
O imunizante, desenvolvido por pesquisadores brasileiros em parceria com norte-americanos, é financiado pelo governo federal, com produção pelo Senai Cimatec de Salvador/Bahia.
Os testes de fase 1, autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, também estão sendo realizados em Salvador.
A vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro. Nesse tipo de vacina, o código genético do vírus vai para dentro do corpo e fornece instruções para que as células e sistema imunológico construam uma resposta e gerem anticorpos.
O investimento aplicado pelo governo para a elaboração do imunizante será de R$ 350 milhões.
O teste de fase 1 prevê a participação de 90 adultos saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos e visa avaliar a segurança, a capacidade de gerar resposta imune e a possível reação adversa no organismo pela vacina.
O cronograma de teste prevê a aplicação do imunizante em duas doses em diferentes intervalos.
O primeiro grupo receberá duas doses com intervalo de 29 dias; o segundo grupo receberá duas doses com intervalo de 57 dias.
Um terceiro grupo de voluntários receberá uma dose única da vacina. Além disso, também serão avaliados três níveis de dose.
Os testes com voluntários devem acontecer também nos EUA e na Índia.