Em 1989, a professora Izaura Sampaio lançou o livro “Nós fizemos Dracena”, com histórias de famílias pioneiras que se tornaram grandes empresas. A publicação contou com relatos das famílias Aoki, Baravelli, Dansieri, Ferreira, Fruchi, Suzuki, Zanon, Sampaio e Martins.
Um dos capítulos é dedicado a José Dansieri (que nasceu em 27/4/1922 e faleceu em 27/12/1995). Foi a própria Izaura Sampaio que entrevistou seu José e a esposa Maria Encarnação Zurita. Os Dansieris vieram da Itália e os Zuritas da Espanha.
José Dansieri nasceu em Pederneiras e viveu em Herculândia e depois Tupã, onde se casou com dona Maria em 8 de janeiro de 1949. Dansieri tabalhou na roça até os 25 anos de idade, por volta de 1947. Foi motorista de caminhão e de ônibus, fazendo a linha Tupã a São José do Rio Preto. Foi naquela época que adotou como protetor São Cristóvão.
Em Tupã, Dansieri montou uma oficina. Nasceram os filhos Maria Santina e Fernando.
Num período de férias, em 1951, seu José recebeu o convite do amigo Valter Belinati para conhecer a Zona da Mata, nova região que se abria no Oeste Paulista.
Através de um ônibus a ideia era chegar a Junqueirópolis, mas pararam mesmo em Dracena, que foi fundada em 1945 e tornou-se município em 1949. A nova cidade tinha apenas seis anos de existência.
Em Dracena, Dansieri e Belinati conheceram Antonio Tavares, dono de uma oficina de consertos de charretes e carrinhos de tração animal. A oficina foi adquirida pelos visitantes. Belinati resolveu voltar para Tupã depois de três meses e Dansieri trouxe a esposa e dois filhos em 31 de julho de 1951.
A oficina na Rua Tiradentes recebeu o nome de São Cristóvão e os negócios se expandiram, com a fabricação de carrinhos de tração animal com rodas duras de madeira.
Em Dracena, nasceram os outros filhos do casal: Luís Carlos, Paulo César, Cristóvão (este faleceu aos sete meses de idade), Célia Regina e Isabel Cristina.
Novas máquinas foram adquiridas e a empresa passou a fabricar carrocerias de caminhão e batentes e portas para residências, a partir de 1953.
Dansieri instalou sua própria serraria na Rua Dr. Cunha Bueno. E adquiriu terras e matéria-prima em Nova Andradina (1964).
O nome COIMMA foi adotado em 1968, com a produção de moinhos de vento, máquinas de cortar ferro e taco, bombas d’água e pulverizadores agrícolas.
Em 1970 a empresa entra no mercado com a fabricação da primeira balança bovina. Em 1971, foi montado o primeiro tronco de contenção animal.
O Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas é de 15 de janeiro de 1974, com o nome Comércio e Indústria de Madeiras e Metalurgia Ltda.
Novas aquisições de serrarias e fazendas em Naviraí e Juína (entre 1976 e 1984). Tudo para abastecer a Coimma, que produz balanças bovinas e rodoviárias e troncos de contenção animal. A partir de 1988 começou a venda de madeiras em Campinas.
A família construiu a Capela São Cristóvão, que existe na esquina das Ruas Dom Pedro e Tiradentes.
Em 1989, começou a construção da atual indústria a COIMMA na entrada de Dracena, com inauguração em 1991, com as presenças de seu José, dona Maria, filhos, genros, noras e netos.
Na entrevista a Izaura Sampaio, José Dansieri enalteceu o crescimento da empresa em função de muito trabalho ao longo de décadas. Ele sempre foi um homem simples, nunca se preocupou com a vida social e nem fez grandes viagens e pouco frequentou o banco escolar.
Dona Maria faleceu em 27 de julho de 1993. Seu José morreu em 27 de dezembro de 1995. A Via Marginal onde existe a COIMMA recebeu o nome de José Dansieri em 30 de novembro de 1999, através da Lei Nº 2.845, assinada pelo prefeito José Cláudio Grando.
Pela Lei Nº 3.098, de 26 de agosto de 2002, o nome de Maria Zurita Dansieri foi dado à Estrada Municipal DRA-251 até a Divisa com Junqueirópolis. O autor na época foi o vereador Francisco Rossi.
O filho Fernando José Dansieri, que era o presidente do Grupo COIMMA, faleceu em 4 de junho de 2018. Pela Lei Nº 4.824, de 29 de setembro de 2020, o nome de Fernando Dansieri foi dado à avenida principal do Distrito Comercial “Joaquim Martins”, numa iniciativa de todos os vereadores do mandato 2017 a 2020.
A história da COIMMA continua, com novos investimentos e modernização a cada ano.
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