Por meio de trocas
entre professores e alunos, ideias inovadoras podem surgir e fazer com que os
estudantes aprendam o papel fundamental da tecnologia para solucionar os mais
diferentes problemas e ser uma grande aliada à sustentabilidade. Através do desenvolvimento
de trabalhos que busquem aprimorar essas ideias, seis alunos do Oeste Paulista,
representando as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) de Dracena e de Presidente
Venceslau, vão participar da 15ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula
Souza (Feteps), que será realizada entre os dias 19 e 22 de agosto, no São
Paulo Expo, pavilhão de exposições localizado no distrito do Jabaquara, na zona
sul de São Paulo.
A feira
apresentará 132 projetos, sendo 112 desenvolvidos por estudantes das Etecs, das
Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) e do Grupo de Estudo de Educação a
Distância (Geead) do Centro Paula Souza (CPS).
A mostra ainda
conta com a participação de 20 trabalhos de outras instituições de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT) nacionais e internacionais.
Os grupos são
formados por até três alunos, que nortearam seus projetos com base nos 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que fazem parte da Agenda 2030
da Organização das Nações Unidas (ONU).
A frase “Me diga e
eu esqueço, ensine-me e eu lembrarei. Envolva-me e eu aprenderei”, da série
“Anne with an E”, descreve a forma com que o professor Leandro de Oliveira
encontrou para que os alunos da Etec Professora Carmelina Barbosa, de Dracena,
conseguissem se envolver com o projeto e saírem preparados para o mercado de
trabalho, ao utilizar o conteúdo das aulas com o uso de ferramentas
tecnológicas na agricultura.
“Eles têm uma
facilidade muito grande com tecnologia e quando você traz um projeto desses, é
uma coisa diferente e eles se aprofundam de um jeito que começam a fazer até
algo mais, principalmente, com a facilidade que eles têm com o uso de
tecnologias. E eu, como agrônomo, trabalho também a parte agronômica e encaixo
com o uso de drones e de aplicativos. A aceitação está sendo muito grande.
Inclusive, com o celular dá para fazer muita coisa dentro do trabalho que nós
fazemos com os drones, os softwares e os aplicativos”, explicou Oliveira ao g1.
Assim, com o uso
dessas ferramentas, o professor afirmou que a unidade consegue preparar os
alunos para o mercado de trabalho conforme a demanda, tendo em vista que o
agronegócio cresceu muito com o uso de drones e de aplicativos.
“Os alunos que
participam do projeto saem preparados para o mercado de trabalho na área de
tecnologia. Além disso, a gente trabalha a parte agronômica com eles, a
identificação de plantas daninhas, adubação, tudo com uso das tecnologias”,
detalhou o doutor.
Atualmente, cerca
de 20 alunos participam do projeto e se dividem entre os cursos de
agropecuária, química e jogos digitais. Assim, o projeto trabalha as áreas de
programação, empresarial e agronomia.
“Eles trabalham
tanto a parte de programação, que é a parte de você gerar o mapa de fertilidade
do solo em taxa variável, um mapa de plantas daninhas com o uso dos drones e
dos aplicativos. E, também a parte agronômica, porque com esse trabalho, a
gente consegue também fazer com que eles conheçam, por exemplo, uma planta
daninha e também na parte de fertilidade do solo, para conseguir manter uma
análise. Então, a gente consegue aliar a parte agronômica, a parte de
programação e a parte empreendedora”, explicou ao g1.
O projeto,
denominado como “Startup 2: Agricultura de Precisão, Uso Racional de Hebicidas
e Utilização de Bioinsumos”, será representado pelos alunos Mayara Rodrigues
Bergamini, Matheus Parra Monteiro de Souza e Rayane Silva Araújo, todos de 16
anos, dos cursos técnicos em química e em agropecuária.
“Esse projeto se
chama projeto Startup porque a gente cria uma empresa onde cada aluno tem a sua
função. Então, ela é uma empresa, eles atuam nessa empresa, temos também um
site, nós criamos uma plataforma que pagamos mensalmente, onde tem todas as
informações do projeto, como fotos, imagens. Os alunos, mesmo os que saíram ano
passado e que participaram do projeto, todos estão empregados e estão
trabalhando com tecnologias ou estão na universidade, focados nessa área”,
explicou o professor sobre o funcionamento do projeto.
Equipe que representa a escola dracenense |
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