José Pereira Marotto, o Zé do Coco, nasceu em Araçatuba no dia 29 de setembro de 1933, sendo seus pais Fermino Marinho Ribeiro e Maria Pereira Marinho. A esposa foi dona Lucínia e os filhos Fernando César e Lílian, além de netos.
Zé do Coco foi funcionário do Banco
Econômico da Bahia, trabalhando nas agências de Rinópolis, Irapuru até chegar
em Dracena.
Com o fechamento da agência em Dracena José Pereira Marotto permaneceu na Cidade Milagre e iniciou sua atividade no comércio como proprietário do posto de combustíveis que existe até hoje na esquina da praça central. Por muitos anos o local serviu como referência por ser o Posto do Zé do Coco.
Zé do Coco foi um apaixonado
pelo Dracena FC e por muitos anos colaborou com as diretorias que
comandaram o conhecido Fantasma da Região e chegou a ser seu presidente na década de 1980. Além
de dirigente, Zé era um torcedor fanático que apoiava o time na beira do
alambrado e até pressionava a arbitragem quando necessário. Ainda integrou
equipes amadoras como Sabatista e Domingão e jogava truco na Associação
Bancária de Dracena.
José Pereira Marotto foi presidente do Rotary Club de Dracena no ano rotário de 1975 e 1976 e colaborou com várias entidades e integrou a Irmandade de Santa Casa de Misericórdia.
Na área política, o conhecido
comerciante fez sua estreia na eleição municipal de 1976 e se elegeu vereador
pela Arena, com 427 votos, exercendo o mandato de 1977 a 1983. No biênio
1979/1980 foi o presidente do Legislativo, colaborando bastante com o desenvolvimento
e as conquistas da cidade na administração do prefeito Paulo Tahara até em
função de sua amizade com o então governador Paulo Maluf.
A reeleição não veio em 1982, quando o
dracenense era ligado ao PDS.
Nova eleição em 1988 pelo Partido
Liberal, com 298 votos e depois a reeleição em 1992 pelo PDS, com 531 votos. No
primeiro dia de 1993 tomou posse para o terceiro mandato e por sua liderança
acabou sendo eleito presidente da Câmara pela segunda vez, já pelo PPR, do qual
era o dirigente na cidade.
Quis o destino, que no primeiro do ano
do novo mandato, Zé do Coco falecesse em 19 de outubro de 1993, quando estava
internado em Marília em função de um aneurisma dissecante da aorta, como foi
divulgado na imprensa na época. Ele tinha acabado de completar 60 anos.
O corpo foi velado no antigo prédio da
Câmara, ao lado da Prefeitura e os vereadores realizaram uma sessão especial
presidida pela vice-presidente Valdelice Pinto da Silva, sendo orador oficial o
vereador José Roberto Zarzur, que dias depois acabou sendo eleito presidente do
Legislativo no lugar de Zé do Coco.
No caixão estavam a bandeira de Dracena
e uma camisa do São Paulo FC, sua outra paixão. Na Igreja Matriz Nossa Senhora
Aparecida foi celebrada uma missa de corpo presente pelos freis Simão Esteves
de Figueiredo e Onir Marafon. O caminhão do Corpo de Bombeiros levou Zé do Coco
para o Cemitério local.
O prefeito da época Zezinho Garcia decretou
luto oficial no município e o comércio fechou as portas em homenagem ao ilustre
comerciante. Zé do Coco foi substituído na Câmara pelo suplente Juvenal
Bonzanini.
Na época, o então deputado federal Tadashi Kuriki, de Presidente Prudente, afirmou que “Zé do Coco foi ao longo de sua vida um inegável exemplo de homem público. Seu prematuro desaparecimento deixará uma irreparável lacuna”.
De imediato, lideranças da época apresentaram
a proposta de denominação do Terminal Rodoviário e com grande justiça recebeu o
nome de José Pereira Marotto em sua inauguração em 7 de dezembro de 1994.
Pelo que foi Zé do Coco e o que ainda
representa para Dracena, notamos que esta homenagem que se renova hoje é
bastante justa e importante para toda a comunidade, sua família e amigos.
Com informações do arquivo do Jornal Regional e site da Câmara Municipal.
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