COLUNA DO PROFESSOR VALDIR ANDRÊO - 30 DE NOVEMBRO

 

Sob nova direção

Após meio século, às vésperas dos 80 anos, retornei às urnas, em Bauru. A jornalista Suéllen Rosim (Patriota), 32 anos, foi eleita para administrar o município, nos próximos quatro anos. O total de votos nulos e brancos, somados com a abstenção, foi maior que os sufrágios que ela obteve. Se somados os votos de seu adversário, oftalmologista Raul Gonçalves de Paula (DEM), a grande maioria dos bauruenses terá uma mandatária em quem não votou.

Tem sentido

De acordo com um jornalista local, companheiro de velha data do colunista, “a prefeita foi eleita com 89.725 votos e quem a rejeitou - ou ao adversário - somou 110.466”. E alinhavou: “mais uma vez, a população deixa claro que as escolhas dos partidos não correspondem às expectativas”.

Como se esperava

Poucas horas depois de seu companheiro Bruno Covas ser eleito prefeito da capital, o governador João Doria (PSDB), anunciou que - a partir de amanhã - todo o estado está na fase amarela do plano São Paulo de quarentena, após serem registradas pioras nos índices epidemiológicos da covid-19. A mudança altera o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, e, de acordo com o tucano, não determina o fechamento de bares, restaurantes, escolas ou comércio.

O mesmo do mesmo

O eleitor das capitais brasileiras optou por políticos experientes. Todos os executivos vencedores naquelas cidades já exerceram algum mandato. Além dos políticos "profissionais", também prevaleceram nas urnas os homens brancos e heterossexuais. Entre os eleitos, há apenas uma mulher - a prefeita reeleita de Palmas, Cintia Ribeiro (PSDB), nenhum negro e nenhum homossexual declarado.

As voltas que o mundo dá

Na noite de ontem, Sérgio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça, foi anunciado como novo diretor geral da Alavarz&Marsal, um dos maiores escritórios do planeta em termos de recuperação judicial e gestão de ativos. Na carteira de clientes figuram a Odebrecht e a OAS, empreiteiras que estão em grave situação financeira, justamente por conta da Lava Jato que Moro julgou, enquanto juiz. 

Professor Valdir Andrêo