ELEIÇÕES EM RAZÃO DO CORONAVÍRUS. REALIZA, ADIA OU CANCELA A VOTAÇÃO DE 4 DE OUTUBRO?

Quem está no exercício do mandato pode até não se pronunciar favoravelmente ao tema, pois o adiamento seria uma benesse àqueles que se encontram momentaneamente sob as luzes dos holofotes.

Tem para eles que um possível adiamento representaria “mais tempo” para correr atrás do prejuízo, fazendo o que não se fez, e quiçá, preparando para uma disputa ainda que mais acirrada.

Por sua vez, quem não tem mandato e está se preparando há algum tempo para concorrer não quer nem ouvir falar em adiamento.

Ademais, sem contar que os dirigentes partidários, em especial os de alto escalão mudam as regras do pleito de acordo com o “humor ou conveniência” num autentico jogo de interesses em detrimento da minoria.

Enquanto isso, diante de tantas incertezas os pretensos candidatos temem “perder o fôlego” isto é, o entusiasmo em aventurarem numa acirrada disputa.

Os que hoje fazem oposição a determinado grupo político, caso ocorra possível adiamento do processo eleitoral, diante de tantas incertezas um novo “alinhamento político” pode se tornar realidade ocorrendo provável mudança de cenário, o que é perfeitamente normal. Já dizia um amigo, uma velha raposa política:

“É no andar da carruagem que as abóboras se ajeitam”.

A par disso, no dia 4 de abril p.p., (salvo medidas eleitoreiras) terminou o prazo para troca de legendas de candidato a prefeito e a vereador, sem que ocorra o risco de cassação de mandatos por infidelidade partidária.

Candidatos a vereador ou a prefeito – Não restam outros meios que não utilizar a virtualidade mergulhando no emaranhado das redes sociais. Indistintamente, pois em todos os municípios o dilema é idêntico:

Nenhuma campanhas se fará sem dois fatores : GRUPO E FINANÇA

 São estratégias reais... Difícil? Claro! Impossível? Nem tanto. Dado aos momentos alarmantes do vírus será uma campanha “sui generis”... Nada de abraços...Nada de visitas físicas...Nada de apertos de mãos...Beijos em criancinhas? Nem pensar! Etc, etc, etc.

Muitos disputarão uma cadeira no legislativo ou executivo, porém poucos conseguirão se eleger, apenas um do executivo e poucos vereadores, por assim ser, não restam espaços para amadorismo e ou aventureiros sob pena de naufrágio e lamentos.

ALTINO DE OLIVEIRA

Vereador 1983/1988

De 1985/1986 - Presidente da Câmara Municipal de Dracena