quinta-feira, 30 de maio de 2019

COLUNA DO PROFESSOR VALDIR ANDRÊO - 30 DE MAIO

A trágica sessão da meia-noite

“Do Cine Alvorada só restam as paredes e as dependências administrativas. Um incêndio que irrompeu por volta de pouco menos de uma hora da madrugada, destruiu todo o telhado, forro, cortinas, tela e poltronas, causando um tremendo alvoroço em pleno centro da cidade. As causas do sinistro são desconhecidas, falam mesmo que atearam fogo na casa de espetáculos. A argumentação é que as dependências administrativas teriam sido arrombadas e, posteriormente, o fogo teria surgido. Às vezes, acidentalmente. Um perito que ontem esteve com sua equipe, deverá apresentar as conclusões, semana que vem.




Na derradeira sessão, foi exibido o velho filme ‘La Violetera’, com a já velhusca Sarita Montiel. Para o futuro estavam programadas outras películas muito conhecidas. Por volta de 4 horas da manhã, cessado o maior perigo, um cartaz de propaganda anunciava, ironicamente, ‘E o Vento Levou’,um clássico norte-americano com Clark Gable e Vivien Leigh.
O prédio estava no seguro. No entanto, não se sabe se o tradicional cinema voltará a funcionar naquele local que demandará uma reforma das maiores. Como sempre, nas ocasiões de incêndio, comentou-se sobre a necessidade da implantação do Corpo de Bombeiros. Esse assunto voltará a ser comentado no próximo incêndio...”

Sob o título lá de cima, este texto sobre a destruição do Cine Alvorada, situado na confluência das avenidas Presidente Vargas e Expedicionários, foi publicado por mim, dia 21 de janeiro de 1978, na “Tribuna do Povo”. O bi-semanário era de minha propriedade, adquirido do advogado José Vialle e – posteriormente – negociado com o trio Carlos Roberto Marques, Odair de Andrade e José Narciso da Conceição Gesteiro.

Professor Valdir Andrêo

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