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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

ACORDO ORTOGRÁFICO COMPLETA 10 ANOS

No dia 1º de janeiro de 2009, entrava em vigor no Brasil o novo Acordo Ortográfico, medida que pretendia padronizar a grafia das palavras do Português nos nove países que adotam o idioma como língua oficial. Estima-se que as novas regras afetaram de 0,5% a 0,8% das palavras do Português brasileiro, bem menos do que as alterações estimadas para o Português de Portugal, que ficaram em 1,5% - o que explicaria a menor resistência do brasileiro em abraçar o Acordo. Gestado desde 1990, como desdobramento de um encontro para unificação do Português ocorrido em 1986, o Acordo Ortográfico deveria ter entrado em vigor em 1994. Em vez disso, por questões burocráticas, ele só passou a ser adotado há uma década, quando o Brasil iniciou a implantação, fazendo com que os outros países iniciassem seus processos em seguida. Por alguns anos, as novas regras conviviam com as antigas sem qualquer problema. 
Porém, desde 2016, quando terminou o período de transição, somente o novo Acordo Ortográfico passou a ser aceito no Brasil. O assessor pedagógico de Língua Portuguesa do Sistema Positivo de Ensino, Caio Castro, afirma que, apesar de o novo Acordo Ortográfico pretender facilitar a comunicação entre os países de Língua Portuguesa, é comum as pessoas apresentarem dúvidas em relação à nova ortografia - principalmente aquelas que estavam acostumadas com as normas antigas há mais tempo. Segundo ele, uma das alterações que mais confunde as pessoas, atualmente, estão ligadas à hifenização. 
"É muito comum nos perguntarem em que situações o hífen deixou de ser usado, como em ‘antirreligioso’ e ‘autorretrato’, e em quais não, como ‘bem-vindo’ e ‘anti-inflamatório’”, explica. Outro caso em que o hífen deixou de ser usado e ainda gera confusão na população é quando o prefixo termina em vogal e o sufixo começa com uma vogal diferente, como em aeroespacial, lembra o especialista.
Com as novas regras do Acordo Ortográfico, palavras como “assembleia”, “ideia” e “jiboia” perderam o acento, por serem paroxítonas, enquanto “herói”, “chapéu” e “anéis”, que são oxítonas, mantiveram o acento. Para Yeso Osawa Ribeiro, o caso que mais trouxe dor de cabeça, principalmente aos adultos, foi o da mudança nos ditongos abertos em "ei", "eu", "oi". "Antes, todos eles eram acentuados, indistintamente. Agora, apenas quando ocorrem em palavras oxítonas”, explica o professor. Outra dificuldade de assimilação citada por ele foi a extinção do acento circunflexo nos hiatos “oo” e “ee”, o que fez com que palavras como “voo” e “leem” não sejam mais acentuadas; bem como o fim do acento diferencial em palavras com a mesma grafia, mas pronúncia e significados diferentes, como é o caso do verbo e da preposição para, ou do substantivo e da preposição pelo. “As regras dos acentos diferenciais e dos hiatos em vogais dobradas ainda causam problemas, embora a frequência seja muito menor do que os dos ditongos”, explica Yeso Osawa Ribeiro, professor do curso Positivo de Curitiba (PR).

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