E como transformou!
Em sua coluna de ontem, Cláudio José salientou: “dizem que 1968
foi um ano especial e que mudou o mundo”. À época, com 27 anos e lecionando Português
e Francês no CENE de Tupi, vi, li, ouvi e convivi com dezenas de fatos que
marcaram o país e o mundo, para sempre.
“O ano que não terminou”
1968
recebeu essa denominação, através de um livro de Zuenir Ventura. Entrou para a
história como um período extremamente movimentado e cheio de acontecimentos
importantes como os assassinatos de Martin Luther King e Robert Kennedy
(Estados Unidos), a Guerra no Vietnã, além de várias manifestações estudantis
contra a aludida guerra e contra regimes autoritários vigentes em diversos
países do mundo, sobretudo na América Latina. No Brasil, foi marcado pela
instituição do AI-5, assinado pelo presidente Costa e Silva.
Para
não esquecer
O Ato Institucional nº 5 (AI-5), baixado em 13 de dezembro
de 1968, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira
(1964-1985). Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações
arbitrárias de efeitos duradouros. Definiu o momento mais duro do regime, dando
poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem
inimigos do regime ou como tal considerados.
Sobrou pra todos
Até o fim daquele mês, 11 deputados federais foram cassados.
A lista de cassações aumentou no mês de janeiro de 1969, atingindo não só
parlamentares, mas até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal. O AI-5 não
só se impunha como um instrumento de intolerância em um momento de intensa
polarização ideológica, como referendava uma concepção de modelo econômico em
que o crescimento seria feito com “sangue, suor e lágrimas", salienta a
escritora Maria Celina D’Araujo.
Teve mais
Na Tchecoslováquia, a “Primavera de Praga” colocava jovens em
luta contra as exigências do socialismo nivelador e hegemônico, imposto pela
União Soviética. Entre os franceses, uma onda de protestos estudantis colocava
fábricas em greve e questionava o tom conservador daqueles tempos.
Valdir
Andrêo
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