O FIM DA EMPRESA MUNICIPAL DE SAÚDE DE
DRACENA. NOVA PROPOSTA ENTRARÁ EM VIGOR
Estamos acompanhando a grande
repercussão sobre um dos assuntos mais delicados e importantes dos últimos
anos, ou seja, o anúncio do fechamento da Empresa Municipal de Saúde de
Dracena. Muitos sabiam que a bomba poderia estourar em qualquer ano e pela decisão
anunciada chegou o momento do desfecho em 2018.
No primeiro momento se percebe muitas
reclamações e até indignação de internautas nas redes sociais. Vários deles
protestam sem saber a fundo como está a situação financeira da Empresa
Municipal de Saúde e sua grande defasagem no que tange a equipamentos. Outros fazem
considerações importantes e interessantes. Todas as opiniões são válidas.
O pano de fundo é a preocupação da
comunidade sobre os exames que deixarão de ser realizados na Empresa Municipal.
Porém, durante o anúncio da descontinuidade da Empresa, foi informado que o
município vai contratar a Santa Casa, várias clínicas e até o Consórcio
Intermunicipal de Saúde (Cisnap) para prestar os serviços. Então, a população
não será prejudicada e isso deve ser cobrado pela comunidade e vereadores
durante o novo processo que se inicia.
O cidadão terá acesso a todos os exames
e em locais com equipamentos mais modernos dos que os disponíveis na Empresa
Municipal de Saúde. O que se deve cobrar também é o aumento dos tetos de exames
para que mais procedimentos ocorram e em menor tempo. Fala-se em duas mil
pessoas aguardando a ultrassonografia. Esse número precisa ser atualizado com o
recadastramento dos interessados para se chegar a um número real. A fila de
exames precisa diminuir.
Se na perspectiva de atendimento da
população tudo pode melhorar, lamenta-se o desligamento dos funcionários. São
várias famílias prejudicadas. Com os acertos trabalhistas à vista e com o
recebimento do seguro-desemprego, o funcionário poderá se organizar para a
sequência de sua carreira. São profissionais de alto nível e que terão espaço
no mercado de trabalho e torcemos para isso. Vocês fizeram o seu papel da
melhor forma e saem de cabeça erguida.
Uma grande falha na legislação é a
extinção da Empresa Municipal de Saúde não passar primeiro pela votação na Câmara.
Primeiro ocorre a liquidação da Empresa para depois o Legislativo realizar a
sua votação. Se a Empresa Municipal de Saúde teve seu funcionamento aprovado no
Legislativo, o mesmo deveria ocorrer no encerramento das atividades. A Câmara
também não foi ouvida bem antes do desfecho e apenas participou de encontro do
Conselho de Administração da Empresa Municipal como ouvinte. Os conselheiros
sabiam em detalhes da situação financeira complicada e irreversível. Há quem
diga que saúde pública não foi feita para dar lucro. Porém, prejuízos
constantes podem comprometer um sistema que precisa de atualização e tecnologia
se renovando.
Enfim, decisão já tomada e a repercussão
aí está, sem a possibilidade de reversão. Uma nova história vai se iniciar no
atendimento da população, que deve cobrar as melhorias anunciadas para o
decorrer do tempo. Só no futuro e com o empenho de todos, poder público e
população, é que poderá se avaliar os resultados positivos ou não das decisões
agora anunciadas. Forme sua opinião a respeito do tema e acompanhe o resultado
desta importante decisão.
Cláudio José/Bastidores da Notícia
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