O primeiro bebê
do mundo gerado em útero transplantado de doadora falecida nasceu
no dia 15, no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP). A criança nasceu saudável
após cesárea. A mãe e o bebê tiveram alta médica no dia 18 e
passaram a ser acompanhados por uma equipe multidisciplinar do HC.
A mulher, que
recebeu o útero em setembro do ano passado, tinha a síndrome de
Rokitansky (nasceu sem o órgão). “Nossa motivação inicial para realizar
o transplante de útero veio de uma notícia da Turquia. Lá,
médicos tentaram o transplante de útero com doadora falecida em
2009, mas a técnica não teve sucesso porque a receptora engravidou,
porém, sofreu cinco abortos”, informa um dos pesquisadores do projeto
experimental brasileiro e médico do Centro de Repro dução Humana do HC, Dani
Ejzenberg.
Outra razão para
iniciar os estudos de transplante de útero no Brasil, conta o
especialista, é o elevado número de mulheres com a síndrome de Rokitansky.
“Estudos mundiais atestam que uma a cada 4 mil mulheres do mundo nasce com esse
problema de saúde. Não há registros no
País, mas o HC estima que no Estado de São Paulo existam 1,5 mil mulheres em
idade reprodutiva nessa situação”, informa. Ele diz que esse número não inclui
pacientes que perderam o útero numa cirurgia ou em decorrência de problemas no
parto.
Fonte: Imprensa Oficial
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