Pais, familiares e representantes das Associações de Pais e Amigos dos
Excepcionais (Apaes) de todo Estado se manifestaram nesta quarta-feira, na
Assembleia Legislativa. No ato, os participantes pediram apoio para que seja rejeitada a
proposta elaborada pela Conferência Nacional de Educação (Conae) que obriga o
atendimento educacional a pessoas especiais de 4 a 17 anos apenas na rede
pública. Na prática, a proposta elimina as Apaes e as funções educativas especializadas
que elas abarcam. "Não à inclusão radical",
disseram os manifestantes em coro durante o acontecimento do ato. Pais, mães,
avós e alunos mostraram seu descontentamento com a possibilidade de fechamento
dessas escolas. "Dilma e legisladores, não tirem nossas escolas
especiais", disse uma avó, que, emocionada, lembrou do tratamento especial
com que seu neto é tratado na instituição. Roberto, que foi durante muitos anos
aluno da Apae, pediu mais auxílios e a continuação do apoio ao projeto. Em entrevista ao Diário da Assembleia, o
deputado Ed Thomas, que também é presidente da Frente Parlamentar de Apoio às
Apaes de São Paulo, contou que essas associações são exemplares e funcionam
como ponto de referência em muitas cidades. Falou que a instituição que
trabalha com crianças especiais funciona, principalmente, com o voluntariado.
Reforçou o desejo de que, antes que qualquer medida inclusiva seja imposta, o
governo qualifique os professores e diminua a quantidade de alunos por sala de
aula, para que então haja um trabalho efetivo de educação entre os alunos
especiais e comuns em uma mesma sala durante todo o ano letivo. Informações
e fotos da Alesp.
A Apae de Dracena faz parte do movimento e organiza uma manifestação para o dia 14 de agosto, às 9 horas, na Praça Arthur Pagnozzi. No mesmo dia, em Brasília, ocorrerá uma grande mobilização nacional.
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