Sem compromisso
Após um período
sabático de dois anos em que se limitou a revisar (ou corrigir) dissertações de
mestrado ou teses de doutorado de médicos e terapeutas, a maioria formados pela
Unifesp - universidade tão abandonada pelo atual governo (?) federal, o
jurássico colunista teima em abusar da paciência dos leitores desta trepidante
província. Desta feita, a convite do velho companheiro Cláudio José, através de
seu atualíssimo blog. Como escrito, lá em cima, abordando temas os mais
variados sem preocupação com a cronologia e outros fatores.
Águas de janeiro
De princípio,
muita preocupação com as abundantes e quase devastadoras chuvas de verão. Não
existe forma mais rápida e avassaladora de arruinar qualquer mandato municipal.
Sem planejamento para conter as tempestades do período, ao longo das décadas,
as administrações quedam-se impotentes aos aguaceiros que - às vezes - chegam
sem aviso prévio.
Morte sem glória
Quase no anonimato,
foi decretada a extinção da Empresa Municipal de Saúde. Será que concorreu,
para passamento tão prematuro - em duas décadas de existência - o fato de que
muitos gestores foram nomeados para cumprimento de promessas políticas em
detrimento de um devido embasamento técnico para o desempenho do cargo? Lá de
cima, o inesquecível ortopedista Carlos Osvaldo Poli que dava nome à empresa,
deve estar muito triste com falecimento tão precoce.
Mais problemas
Por culpa da
incúria do comando central, capitaneado por um presidente (?) envolvido em
mazelas e refém de senadores, deputados e donos de partidos, que relegou a
saúde do país ao quase total abandono, a população sente os efeitos de mais uma
epidemia. Depois da dengue e suas “parentes” mais próximas, agora ressurgiu a
febre amarela. Em consequência, uma corrida insana aos postos de atendimento
que carecem de vacinas, de pessoal especializado e de informações.
Missão
impossível
Entrevistado
pela Folha, Michel Temer afirmou que
não concluirá o mandato com a pecha de um sujeito que incorreu em falcatruas. E
foi enfático: “De repente, chego à Presidência e sou vítima de avalanche que me
transforma como se fosse um sujeito corrupto”. Frisou que este ano, último de
seu mandato, se dedicará a sua ‘recuperação moral’.
Valdir Andrêo
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