quarta-feira, 19 de abril de 2017

RENATO SPINOSA LANÇA SEU PRIMEIRO TRABALHO SOLO



O dracenense Renato Spinosa é, e sempre foi, da música. Formado em Composição na USP e professor da Escola do Auditório do Ibirapuera, tem uma voz andrógina e se empodera dela para apostar no lado crooner exuberante que imprimiu em Beijo Burocrático, seu primeiro trabalho solo.
Com a fluidez de quem vai do jazz ao rock sem esquecer que houve um Prince no meio do caminho, sua estreia reúne desde faixas escritas exclusivamente para esse EP até canções feitas há 15 anos. Todas maturadas com o tempo e a experiência de ter integrado as bandas Onagra Claudique, Seychelles e o grupo vocal Os Fellas.
Este repertório foi sendo composto com o cuidado de quem não tem pressa para mostrar um trabalho bem feito. Os arranjos em estúdio que emolduram as melodias e letras dão a densidade e eloquência que as composições precisavam desde os primeiros rabiscos. Beijo Burocrático flerta com o rock nacional dos anos 80 e 90 mas mira mesmo o pop do novo milênio. E como artista de muitas personas, Renato Spinosa traz blues e funk repaginados com letras de poética tipicamente brasileira.
Essencialmente romântico, este trabalho é um ato confessional de quem passou noites pensando em amores errados e escolhas doloridas, mas é também sobre a experiência de ser artista na metrópole e buscar sobressair às normatividades, especialmente as musicais.
Sobre Renato Spinosa: é bacharel em composição, pianista, regente e professor da Escola do Auditório do Ibirapuera. Formado em Composição na USP, dedicou-se à musicologia e à composição de diversas peças eruditas, trilhas para curtas de arte e canções para Os Fellas e Monique Maion. No teatro atuou em espetáculos e como preparador vocal de elencos, além de ter dado voz à música tema da animação “Grafitti Dança”, premiada como melhor animação brasileira no Festival Anima Mundi 2013 e melhor trilha sonora no festival Santa Rosa Mostra Cinema, no mesmo ano. Renato participou como tecladista na turnê do álbum 3, do Seychelles, e gravou com Onagra Claudique o EP A Hora e A Vez, o single “Arrebol” e o álbum Lira Auriverde.

Fotos: Pedro Nóbrega


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