O segmento de computadores no Brasil
vivia plena ascensão em 2010. A proliferação da Internet aliada ao bom
desempenho da economia brasileira e à falta de concorrência com outros
dispositivos que se popularizariam nos anos subsequentes – como tablets e smartphones
– fizeram com que o País começasse a década com um pico histórico de vendas,
com 13,7 milhões de aparelhos comercializados somente naquele ano, segundo
informações da consultoria IDC Brasil. No entanto, o sucesso foi gradativamente
se dissipando e o setor perdeu 27% de seu poder de mercado de 2011 para cá.
O que esse
tempo áureo do mercado de PCs nos ensina é que, no segmento de Tecnologia, é
preciso sempre evoluir e reinventar. O ano de 2017 dá indícios de que esta pode
ser a fase de guinada do segmento. Há um novo horizonte para o setor,
caracterizado pela retomada do crescimento econômico do País aliada à maior
importância dada pelos próprios fabricantes ao mercado de computadores e à
inovação em seus lançamentos.
A CES (Consumer Electronics Show), principal feira
anual de tecnologia do mundo, trouxe diversas novidades que serão tendências
nos próximos anos. PCs com sensores para escanear objetos em 3D, monitores com
tecnologia 8K ou múltiplas telas acopladas, computadores com projetores
embarcados, aparelhos com design mais refinado e materiais mais resistentes –
como metal no lugar de plástico –, máquinas equipadas com sistema de
resfriamento especial. São muitas as características que podem ainda ser
implementadas e que transformarão os tradicionais PCs em dispositivos
aspiracionais, inovadores e indispensáveis nos lares e escritórios brasileiros.
Os principais institutos de pesquisas também
autenticam esse caminho: um estudo do Gartner, por exemplo, prevê que as vendas
mundiais de PCs voltem a crescer a partir de 2017 e a IDC Brasil já divulgou
que o mercado nacional vai encerrar o ano com aumento de 5%.
Com a retomada do foco da indústria nos computadores,
a recuperação da economia e a queda do dólar, os segmentos corporativo e de
varejo devem voltar a comprar em maior volume. O ciclo de compra dos PCs também
está sendo reduzido, já que máquinas mais modernas e robustas estão sendo
lançadas com rapidez – diminuindo o tempo médio de troca pelo consumidor. Isso
tudo combinado com os investimentos em inovação certamente trarão bons frutos
para o mercado como um todo.
Especificações técnicas já não são mais os principais
fatores para um usuário trocar o seu equipamento. Proporcionar uma experiência
nova e melhor para o consumidor: essa será a chave para ditar o ritmo do
segmento neste ano.
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